Tudo pode e deve ser escrito!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Imparcialmente parcial - A BANALIZAÇÃO dos GÊNEROS

      Não culpo nenhum professor por suas didáticas utopias, mas dizer que uma notícia deve ser imparcial e ter isso realmente como possível é um grande equívoco. Afinal, como seria imparcial se qualquer texto - visual ou escrito - é uma seleção de imagens/palavras do autor assim não representando a sinestesia real de qualquer fato ocorrido.
     Se é então parcial, diferir uma notícia de um artigo de opinião seria outro erro casual, visto que são iguais, mas essa discussão vai além.
     Eu, articulista, ponho quase em "outdoors" que quaisquer palavras que venha a escrever nestas páginas são apenas uma requintada seleção de meu vocabulário para provar a minha tese e que cabe a você pensar sobre e concordar ou não.
      Entretanto, as notícias, de forma sorrateira, preenchem as ocas mentes com sua falsa imparcialidade e assim formam a massa pensante da sociedade, que aceita sem perceber a opinião dos outros poucos que a articulam.
     Colocar ambas em um mesmo gênero seria por fim a uma convergência natural e talvez, finalmente, colocassem o mesmo outdoor que colocam na estrutura do meu artigo de opinião:

CUIDADO: ESTA NOTÍCIA TRAZ A OPINIÃO DE SEU REDATOR. O USO EXCESSIVO DE DOSES PODE AFETAR O SEU CÉREBRO.

      Quem sabe assim chegássemos em algum lugar.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

JÁ não SEI

E eu já não me sentia,
No meio de tantas palavras vazias,
Palavras que antes me definiam, me dominavam, me faziam parte,
Palavras que hoje nada me fazem, nada sinto.
Quem sou eu?
Eu existo?

Júlia Wotzasek Pereira

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Voltei - O PODER das PALAVRAS

Falamos por falar,
Agimos por agir,
Falamos sem pensar,
Sem pudor, sem piedade,
Falamos de amor, ódio e
infelicidade,
Falamos de dor, alegria e igualdade,
As palavras têm força,
Se, be usadas, mudam o mundo,
Têm capacidade de melhorar um dia,
Esboçar um sorriso,
Alegrar um coração,
Arrecadar um amigo,
Mas se usadas sem cuidado,
Faladas por falar,
Por maldade ou descuido,
Destroem sentimentos,
Esfaqueiam o coração,
Afastam quem se gosta,
AS PALABRAS TÊM PODER.
Você mede as suas?

Júlia Wotzasek Pereira

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

SOCIEDADE escravoCRATA

Sociedade Escravocrata

As vezes via quando,

Aos prantos das mulheres e seus filhos,
A seriedade dos homens maltrapilhos,
Chegavam os negros na fazenda de meu pai.
Eram trazidos acorrentados,
Alguns até ensanguentados,
E o sorriso esboçado na face do feitor.
Levavam africanos a casa de pau a pique, senzala, chão batido,
A noite enluarada,
Subindo aos sons das jovens serenatas e,
Encondendo por trás o som dos açoites.
Pobre escravo de cultura roubada,
Imposto ao trabalho no cafezal,
De dia trabalhador, competente e esforçado,
De noite homem, sem força e maltratado.
Chorava ao ouvir o desconsolado choro,
Gritava ao ouvir o mais engasgado grito,
Do negro, ao açoite, sem defeza, exemplo,
Mero exemplo para os outros.
Tentavam fugas, peripécias e até alforria,
Pros Quilombos fugiam na maior alegria,
Se chegassem, vida nova,
Se pegos, não há vida.
Negros, negros, escravos do próprio humano,
Só que de pele clara,
Claro pra mim é a vida,
Que não é direito à uma menina branca de dez anos qual eu sou, 
É um direito de todos, tudo,
Seres humanos normais,
Escravos de seus iguais,
Erro humano desumano repetido,
Pelo Quilombo dos Palmeres combatido.
Oh escravocrata que a vida é,
Antes eu trabalhasse e sustentasse minha vida,
Pelo menos não teria a conciência encardida que tenho,
Escrava eterna do senhor de Engenho,
Seria,
Digo que faria tudo para mudar a situação,
Mas que força tenho?
Com dez anos, branca, mulher ser força na sociedade, de coração,
Possso mudar a situação?

sábado, 11 de junho de 2011

POESIA mama ÁFRICA

Mama África

Quando penso nas crianças,
Mudas lá na África,
Uma pontada me dá no coração,
Não digo que é tristeza, mágoa ou dó,
Somente me sinto só,
Em pensar nelas,
Sozinhas nesse mundo de meu Deus.

A fome sim as atinge,
O calor sim as consome,
Mas nada dói mais que essa solidão,
Que fere o meio do peito, um corte imperfeito,
Que não cicatriza,
Que só aumenta,
E perfura o corpo sem dó nem paixão.

E assim vive uma criança,
Que na África vive a vida,
são muito mais que uma nova lição,
Que explica humildade real, que fala de Deus,
Que não engana,
Se alegra com pouco,
Procuram o valor da real compaixão.
(Júlia Wotzasek Pereira)

domingo, 22 de maio de 2011

POESIA a minha MÃE

Mãe

Ser além das expectativas,
Ser mais do que posso ser,
Me superara cada dia,
A cada dia um outro amanhecer,
Buscar melhora em minhas ações, Ser fiél aos que lutam para me ajudar a vencer,
Procuro o amor eterno,
Ao lado do meu próprio saber,
Não ser mais uma no mundo,
Ser além do que posso entender,
Não fazzer onda de herói,
Simplesmente ser,
Espero retribuir ao mundo,
Tudo que ele se dispôs a me dar,
Quero uma vida tranquila no campo,
Com uma família para cuidar,
Ser mãe esposa e filha,
Ser fonte de sanidade para mais e um ser,
Busco seguir minha dignidade,
Busco o interior de meu ser.

(Poesia "Mãe" feita dia 28 de junho de 2010, para minha mãe, como presente.)
Por Júlia Wotzasek Pereira

quarta-feira, 18 de maio de 2011

HOJE é MEU ANIVERSÁRIO

Hoje faz treze anos que nasci. Treze ano do dia em que respirei e vi o rosto da minha mãe e do meu pela primeira vez. A cada ano uma nova lição, com minha família, a cada dia um novo amigo, a cada hora um novo aprendizado e a cada segundo mais amor dou e mais amor recebo.
Vivo cada momento, não sinto falta do que passou, não temo o futuro que me aguarda, só me contento no presente. SOU FELIZ!